Não sei se a vontade de querer te querer é maior do que a vontade de realmente te querer. Mas penso em você sem querer mesmo.
E entre tantas coisas, pessoas, risos, músicas, aula de inglês, inverno interior, lembranças vagas. Você faz parte talvez, ou não. É só vontade de querer te querer. Dá pra entender?
Não é saudade. Eu nem posso dizer se é ou não, já não posso sentir nada. E a culpa é de quem?
Isso não dói, não sangra, não cicatriza, não se sente. Mas eu sinto esse inverno bem aqui, dentro de mim. E "de qualquer forma eu sei que não posso trazer você de volta".
E eu nem paro pra pensar se você pensa em mim. Se em algum momento do seu dia, ou da noite. Ou até mesmo quando está abraçando, beijando, amando outra pessoa, se lembra que um dia era eu quem estava em seus braços.
Será que ela vai te olhar com tanta intensidade, paixão, amor, e todas as outras coisas que se sente? Que eu sentia, porque agora já não sinto nada, e nem mesmo o nada consigo sentir.
As palavras que ela vai sussurrar ao seu ouvido são minhas. Eram minhas. E ainda são minhas. Eu pretendia dize-las a você pro resto de nossos dias. Mas agora eu não penso mais, não sinto mais. E "de qualquer forma eu sei que não posso trazer você de volta".
Você não vai lembrar de mim quando olhar nos olhos dela, porque pra você eu já não sou ninguém. Ninguém a quem se deva amar, lembrar antes de dormir, ao ouvir uma música talvez, sentir saudades. Apenas ninguém.
A rosa que eu te dei com todo o meu amor, eu sei que já morreu. E com ela o meu amor, e eu. Sem sentir a miníma dor.
Mas de todas as coisas que se foram e todas que ficaram, nada posso dizer que ficou, há não ser essa saudade de sentir saudade, querer o que o meu coração já não quer. E se eu podesse sentir algo, sentiria com certeza a dor de dizer adeus e partir sem ao menos olhar pra trás. E sentira também uma dor imensa por fingir não sentir a ausência do teu sorriso e de tua voz chamando o meu nome pra me acordar.
Mas dormir sem o seu braço aconchegante e quente já não me faz nenhuma falta. Afinal nada esse meu coração sente.
E só o que me resta agora é nada, é o tudo. O nada de lembraças suas, o nada de te querer, o nada de saudades de ti, o nada de sentir.
O tudo de novo, de seguir em frente com o tudo que restou, e com o tudo que vem de novo, e com o tudo de tudo e só. O tudo de mim sem o nada de você meu ex-grande amor.
E nessas palavras se encerram o meu "todo amor" que se transformou ou sempre foi um "nada amor". E como uma história que me contaram, eu me recordo vagamente dela e não sinto absolutamente nada, por não a ter vivido.
Nossa história em algum lugar do tempo alguém contou, e as palavras deste alguém foram embora com o vento. E é impossivel não saber quando chega a hora de partir.
E como na história, eu te olho a ultima vez bem dentro de seus olhos, que aos meus já não tem mais brilho algum, e com apenas um tchau saio de sua casa e de sua vida, pra não voltar mais. Não porque eu não queira, mas você, ou até mesmo eu sei lá, assim o quis.
Mas já não tem a miníma importancia pra você, pra mim também não. Adeus pra sempre!
Você e eu felizmente, infelizmente nunca mais. Mas de tudo, eu posso lhe dizer que foi intenso, lindo e verdadeiro. Pelo menos pra mim. Posso também dizer-lhe que foi "pra sempre, mas pra sempre não é todo dia". Mas todos os momentos foram eternizados.
Nessa carta que você nunca lerá, ficam meus sentimentos vazios, e a dor de não sentir dor, ou dor nenhuma. Eu te amo, ou amei, ou não amei. Minha única certeza é que tudo muda o tempo inteiro, e eu mudei. Mas não se esqueça de todo nosso amor. Porque eu, ah eu apenas não consigo me lembrar de tudo que eu vivi sem viver.
E falta é o que não restou de todo esse tempo, e amor é só um detalhe sem importância. Eu te digo adeus meu ex-grande tudo, que agora é nada! E "de qualquer forma eu sei que não posso trazer você de volta. "
Te amo ou não!